quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O lado negro da publicidade e propaganda

Já vi gente reclamando da ciência por causa do mal que ela pode causar. Realmente estaríamos melhor sem armas nucleares e biológicas. É fácil de perceber que o problema não é a ciência e sim o uso que fazemos dela. Várias coisas que "inventamos" são assim, inclusive a publicidade e propaganda.

Ela tem um lado bom. Ela pode, por exemplo, gerar empregos e fazer as pessoas comprarem mais e consequentemente a economia girar mais rápido. Tá, eu acharia isso legal se eu gostasse do capitalismo, mas não é o caso, como pode ser visto aqui, aqui e aqui. Então o que sobra de bom, na minha opinião, são duas coisas: informação e entretenimento. Ora, eu quero saber o que eu posso comprar, e se puder dar uma risada no processo, melhor ainda. Seria lindo se a publicidade tivesse só servisse pra essas duas coisas, mas não. Temos que levar as coisas pro lado negro.

Se você for meu amigo e trabalha ou pretende trabalhar com isso, recomendo parar por aqui. Não porque eu tenha medo de ser odiado, só não quero me responsabilizar por uma possível depressão. Além disso, perdoo vocês pelos seus pecados, mas, de preferência, não me crucifiquem.

Hoje vale tudo pra se ter mais lucro. Tudo que não for ilegal. Mas se o lucro compensar o risco, por que não usar o ilegal também? Lucro é o que as empresas e seus acionistas querem. É pra isso que contratam publicitários. O bem estar do cliente pode ser uma consequência, mas nunca será o objetivo.

Então lá estão nossos queridos publicitários, gênios do mal, sob as ordens daqueles que têm o dinheiro. Qual o mal que eles podem causar? Não consigo pensar em um exemplo melhor do que as nossas empresas de telecomunicação. Principalmente no que diz respeito à  telefonia móvel. Lá vem eles com TODAS as vantagens dos seus planos na ponta da língua. Tudo é ilimitado, tudo é barato, tudo é pra VOCÊ. E eles não poupam asteriscos pra dizer isso.

A parte ruim é aquela que fica lá no fim do anúncio, em letras microscópicas, já que ninguém precisa saber mesmo. E claro, só está lá porque seria ilegal de outra forma. Também vale ligar pras pessoas mais ingênuas e empurrar oferecer coisas que elas não precisam (isso é publicidade também? Marketing? Sei lá, pra mim parece que vem tudo do mesmo lugar). E se ainda fazem isso é porque funciona.

Aí gastam fortunas em cachê com pessoas famosas nas suas propagandas. Porque é óbvio que as pessoas vão comprar quando virem o seu ídolo (?), como o Neymar (?????), usando qualquer coisa. Ah, como eu queria que essa última frase fosse sarcasmo.

Tanta grana que podia ser investida em tecnologia, melhorar os produtos e serviços, atendimento, etc. Mas que culpa eles têm se publicidade é mais lucrativa? A culpa é de quem compra só por causa da publicidade. A culpa é do sistema. A culpa é do big bang.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Historinha: O vírus

ALERTA! ALERTA! ALERTA!
- Capitão, precisamos de você.
- O que houve? Que horas são?
- São 3:30 da manhã. Temos um problema.
- Ok, me dá um minuto.
Um sonolento minuto depois:
- Pronto. O que houve afinal?
- O sistema está superaquecendo.
- A essa hora? Estão usando ele pra quê?
- Essa é a parte estranha. Só os processos vitais estão sendo usados. Mais cedo o sistema estava com uma demanda de recursos abaixo do normal, mas nada muito suspeito.
- Acho que sei o que houve. Veja o status do sistema de defesa.
- Meu Deus! Ele está no limite da capacidade! O que está acontecendo, capitão?
- Um vírus penetrou nas nossas defesas e se espalhou. O sistema de defesa vai continuar usando a capacidade máxima para tentar conter a infestação.
- Como vamos nos livrar dele?
- Não vamos. Não há um jeito de removê-lo sem causar danos irreparáveis ao sistema. Tudo que podemos fazer agora é lidar com as consequências e torcer para que ele cause poucos estragos e vá embora por conta própria. Vou voltar a dormir. Me acordem se houver alguma instabilidade.

...

4:00
- Capitão! Superaquecimento!

...

4:30
- Capitão! Superaquecimento!

...

5:00
- Cap...
- PORRA, ME DEIXA DORMIR! Merda de gripe.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Balanço (atrasado) de 2012

Tinha pensando em postar algumas coisas durante as férias. Aquele esquema de ter mais tempo e tal. Bom, quem não gosta de enganar a si próprio?

Aí pelo dia 30 ou 31 de dezembro eu até tive ideia de escrever isso aqui, mas tava na praia, sem computador. Não que eu escreveria caso tivesse levado ele. Talvez se estivesse em casa. Talvez não.

Ok, vamos ao que interessa. Como todos sabem, nossa vida se divide em anos. Eles são indivisíveis. Um ano só pode ser bom ou ruim. Mudanças ou quaisquer coisas novas só começam no ano novo, é claro. Ano novo, vida nova. Se não fosse assim, por que a gente colocaria tanta atenção nesse momento que divide os anos, hein?

Pra mim a virada de ano não serve nem de desculpa pra beber, já que eu não preciso mais de uma. É nada mais do que uma simples convenção humana. Nada muda. Por isso eu me recuso a me importar com isso. E também porque eu gosto de ser do contra. =D

Se eu for me limitar às nossas convenções, posso dizer que o ano de 2012 foi o melhor da minha vida. Caso contrário, posso dizer que essa fase se passou nos últimos 1,5 anos (sim, eu to usando a convenção, mas não me limitando a ela). Não só foi feliz, mas muito mais interessante do que a  média e cheia de experiências novas (e nenhuma foi homossexual, ao contrário do que vocês podem ver no meu Facebook às vezes).

P.S. Jesus nasceu entre 4 e 6 AC. Sim, ele nasceu antes dele mesmo nascer. Eu não podia perder essa chance de dizer como nosso calendário é espetacular.

E só pra me contradizer: feliz ano novo!