domingo, 27 de setembro de 2015

"Acredite no impossível"

Acordei pensando nisso. Uma frase de três míseras palavras que dá pra interpretar de várias formas.
Se você não curte divagações de um cara de exatas, pule pro último parágrafo.


Acredite que o impossível existe

É a mesma interpretação de "acredite no Papai Noel". Não sei dizer se eu acredito (que o impossível existe). Se limitarmos uma afirmação, sim. Por exemplo: acho impossível que eu possa cagar uma estrela, mas talvez em algum outro universo, com uma física diferente, todo mundo fique cagando estrelas e tendo diarreia de gigantes gasosos. Ou talvez no futuro do nosso próprio universo isso seja possível. É difícil pensar em algo impossível com espaço, tempo e universos infinitos.

Acredite que coisas impossíveis são possíveis

Não faz sentido. Pode espernear, mas é só uma contradição. "Ele fez o impossível" é bobagem. "O impossível" nesse caso é que foi mal definido.

Meça suas definições de impossível, parça

Quando, por exemplo, você tem todos os membros e um cérebro funcional e diz: "é impossível eu conseguir passar na prova de direção pra tirar a carteira de motorista". É claro que não é impossível. Suas definições de impossível precisam ser atualizadas. Mas não quer dizer que você deva ficar super motivado por causa disso. Ainda pode ser uma coisa altamente improvável.

Acredite no improvável

O improvável é possível, mas provavelmente não vai acontecer. Se você é um apostador, não vai querer apostar no que você acha improvável. É jogar dinheiro fora.
Apesar disso, tenho impressão que em 83,7% das vezes que eu acredito em algo improvável, coisas maravilhosas acontecem. E coisas terríveis acontecem também. Até as terríveis são úteis: quando não me matam (ainda não aconteceu, né) viram boas histórias. É bom sair do conforto da vida pacata de vez em quando. Talvez eu precise aumentar a frequência disso.